terça-feira, 1 de abril de 2008

“Tu ressuscitaste? Eu sim”


Nunca pensei que pudesse ser tão fácil, e aparentemente rápido, chegar àquele sítio em mim, bem escondido, onde comecei a construir barreiras e a deixar que crescessem os meus embondeiros.
A verdade é que, desde que tive a coragem de enfrentar aquilo que durante tanto tempo preferi esconder, a minha atitude perante a vida mudou como que por magia. Esta foi a resposta ao apelo “não tenhas medo da tua verdade”. Pela primeira vez não tive, e foi libertador.
Pensar que uma marca deixada a ferro, lá no passado, pôde condicionar tanto a minha vida, a forma como me via a mim própria, e eu nunca tive a noção disso… Indo ainda mais atrás, talvez o primeiro erro tenha sido aceitar viver uma relação sem amor que, por ter durado tempo demais, conseguiu impedir que crescesse o que de melhor havia em mim. A Susana que eu deixei lá atrás voltou este fim-de-semana, e eu alegro-me pelo regresso do “filho pródigo”!
Os sinais, porque não há coincidências, fizeram todo o sentido, e o encontro tinha que ser em primeiro lugar comigo própria. Com isso veio a paz que procurava, aquela que vem de dentro, porque cá fora não se adivinham fáceis os tempos que se aproximam…

Tudo isto coincidiu com o regresso à Penha, um sítio cada vez mais especial para nós! Apesar do chuveiro único e das camas que mais parecem vindas do manicómio, aquela casa é especial: pelas recordações que traz, pelo sítio onde se encontra, e por todos os recantos que a envolvem.
Foram sem dúvida três dias felizes! Porque o retiro não serve apenas para reflectir, mas para gozarmos da companhia uns dos outros, para brincar, para rir, para dançar! Isso também liberta… trazemos de dentro o que há de mais puro.

Para recordar fica o evangelho de judas, o jantar dos rapazes, os gritinhos do Bonito na água fria, a boa e longa visita dos velhotes, o “bejecas”, as danças malucas antes das refeições, a janela a fazer de porta com a mulher aos berros, e tantas coisas mais que agora não me lembro… Foi tão bom!

E eu sei o que houve de especial ali: fomos nós!


Um comentário:

Di disse...

Sim, foi LIIIINNNDO!:)
Goto de ti muito***