sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Carregar pianos.

"Depois uma pessoa cresce e habitua-se a sofrer. A esperar. A sonhar um bolo gigante a partir de três migalhas. A acreditar no impossível. A desejar o impensável. A querer que aqueles que amamos nos tragam o mundo numa bandeja. A isto chama-se carregar pianos . Até ao dia em que uma pessoa se cansa, baixa os braços, olha para o piano, encolhe os braços e diz agora basta. Basta de espera, de abnegação, de sonhos, de promessas, de palavras mágicas e inconsequentes. Basta de promessas de amor, de castelos de areia, de adiamentos e
hesitações, de ausências e de dúvidas. (...) E sentimo-nos a desmanchar por dentro. Não é a partir, é só a desmanchar, como se nada tivesse forma ou fizesse sentido. E o piano está ali mesmo em frente, à espera de ser carregado. Dá vontade de pegar num martelo e de o destruir de raiva. Dá vontade de o abrir e tocar meia dúzia de notas. Dá vontade de descansar sobre ele e falar-lhe baixinho, ao ouvido das cordas, para lhe explicar o que se passa. Que o cansaço já está acima do sonho, que o medo está acima da força, que a vontade comanda a vida, mas não o amor. Explicar que o tempo há-de trazer nos ventos a indicação de um caminho qualquer para onde o piano possa ir sem ser carregado. (...) Carregar pianos. Para quê, se quase todos têm rodinhas? Não é desistir, é só mudar de vida e esperar que ela nos traga o que mais precisamos, sem partir as costas nem torcer os braços. E geralmente até traz. "


Margarida Rebelo Pinto

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Where is the love?



Estes últimos dias tenho-me questionado sobre isto. Onde está o amor? E não falo por causa das guerras e das pessoas que morrem de fome que estão longe de nós, falo por aquilo que vejo nos espaços que conheço.

Onde está a nossa opção pelos pobres?
Onde está a nossa vontade pela construção de relações de paz e amizade se até para aqueles a quem chamamos amigos somos vingativos?
Onde está a construção de relações de amor e liberdade quando nem ao nosso namorado/a deixamos crescer, limitando-o?
Onde está a nossa fé se não lutamos pelo que acreditamos?
Onde está a nossa esperança nos mais jovens mesmo quando vemos tantos que não se querem comprometer?

Tenho questionado a mim mesmo no que tenho feito para mudar isso...e sabem, juntos somos mais.
Juntos ajudámo-nos a crescer, a ter nos outros um espelho daquilo que muitas vezes não vemos em nós (ou não queremos ver).
Juntos temos mais esperança, porque quando a de um vai a baixo o outro está lá para o animar.
Juntos conseguimos perceber melhor qual o nosso caminho.
Juntos conseguimos transmitir melhor a mensagem de amor que chegou até nós.
Juntos chegamos a mais pessoas.
Juntos somos capazes de mudar mais em cada um de nós.
Juntos somos mais amor.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

.

Rir muito
ver as estrelas
cantar
dançar
dar beijinhos receber miminhos
chorar abraçar aceitar
molhar os pés
ver os peixinhos
conversar disparatar
gritar alto, muito alto
viajar
crescer
fortalecer
viver
relembrar
pensar
estabelecer
escrever
cair
baloiçar
adormecer
acordar cedo
ouvir
olhar
conhecer
sentir
amar
refrescar
bronzear
mar...maresia,maré,maremoto
cair de cançaso.
areia,pedrinhas,conchinhas,
arvores flores

frutos
cheiros
amigos
(...)?
FÉRIAS...



domingo, 2 de agosto de 2009


Sabe sempre a pouco...